Este blog tem como objetivo contribuir, informar, trocar experiências de temas relacionados à comunidade negra, e principalmente na desconstrução do Racismo que a mais de 500 anos impede nossa sociedade de sair do Estado Brasil Colonia. AXÉ
domingo, 12 de setembro de 2010
domingo, 20 de junho de 2010
Triste Votação. Um retrocesso na luta pela Promoção da Igualdade Racial
Caros Leitores!
Transcrevo abaixo um comentario que remete a nossa tristeza sobre a ultima votação no congresso, como muitos já devem saber foi um grande recuo em todos os sentidos.
Devemos agora, mais do que nunca analisarmos nossas ações e organizações, para que possamos retomar toda nossa luta e enfrentarmos esta perda.
Saudações a todos e muito AXÉ para nós encararmos esta próxima semana.
Jorge
O Estatuto da Democracia Racial
Por Douglas Belchior
Mais uma vez, os senhores determinaram a regra, a lei e os limites da existência e da sobrevivência dos negros no Brasil. O dia 16 de junho de 2010 entra para a história, cinco séculos após a chegada dos primeiros africanos escravizados nestas terras e 122 anos após o fim da escravidão. Encerra-se mais um triste capítulo da luta entre senhores brancos racistas versus escravizados negros e pobres. Desta vez, nas salas acarpetadas do Senado Federal, em Brasília.
Em tramitação desde 2003, o chamado Estatuto da Igualdade Racial, apresentado pelo Senador Paulo Paim (PT), animou a esperança de o Estado Brasileiro finalmente iniciar um processo de reparação aos descendentes da escravidão no Brasil. No entanto, nesses difíceis anos de debate e enfrentamento aos que resistiam à sua aprovação, a proposta original sofreu muitas alterações que esvaziaram a possibilidade de eficácia e o sentido reparatório.
Ainda em 2009, alterações feitas na Câmara Federal rebaixaram o Estatuto para uma condição “autorizativa”, além de não garantir recursos para sua execução. Com isso, os gestores públicos já não seriam obrigados a colocá-lo em prática.
O Estatuto da Igualdade Racial aprovado pelo Senado neste dia 16 de junho foi ainda mais fundo no poço da hipócrita democracia racial brasileira. Fruto de um acordo espúrio entre o senador Paulo Paim (PT), o senador Demóstenes Torres (DEM), relator do projeto e presidente da CCJ no Senado, e o Ministro da Seppir, Elói Ferreira (representante dos interesses do ex-titular da pasta Edson Santos), significou alta traição à luta do povo negro no Brasil.
O acordo que possibilitou a aprovação do Estatuto (e que será usado como bandeira no processo eleitoral tanto pelo PT quanto pelo DEM), simplesmente enterrou as reivindicações históricas do povo negro, uma vez que o texto aprovado excluiu as Cotas para negros nas universidades, nos partidos e nos serviços públicos; excluiu a garantia do direito a titulação das terras quilombolas; excluiu a defesa e o direito a liberdade de prática das religiões de matriz africanas e não fez referência a necessidade de atenção do Estado ao genocídio cometido pelas polícias que vitimam a juventude negra.
Pior ainda que a supressão destas demandas, o texto de Demóstenes do DEM – aceito por Paim e pela Seppir, negou-se a reconhecer os efeitos dos mais de 350 anos de escravidão e a existência de uma identidade negra no país!
O Senador Demóstenes Torres, representante dos senhores, do agronegócio e dos ruralistas, é o mesmo que durante a audiência pública sobre cotas no STF, realizada em março deste ano, afirmou que as mulheres negras escravizadas se entregavam ao deleite sexual com seus senhores. Este homem, conservador e racista, é o padrinho do Estatuto da Igualdade Racial aprovado no Senado e que agora segue para sanção do presidente Lula. Tudo isso sob a égide da submissão dos negros da Seppir e do parlamento, que nem de longe representam as aspirações dos movimentos da luta negra no Brasil.
Aliás, mesmo sob pressão de importantes organizações do Movimento Negro - entre as quais, o Movimento Negro Unificado (MNU), o Coletivo de Entidades Negras (CEN), o Círculo Palmarino, a UNEafro-Brasil - e do Movimento Social, como o Tribunal Popular, o MST e a Federação Nacional das Associações de Moradores, que encaminharam Carta Aberta ao Senado pedindo a retirada do projeto do Estatuto, e mesmo da posição contrária da CONEN, organização negra que agrega militantes petistas, a Seppir, Paulo Paim e deputados historicamente ligados a luta racial, como Janete Pietá e Vicentinho, sucumbiram. Reafirmando sua índole traiçoeira, o parlamento aproveitou a comoção provocada pela copa do mundo para articular o golpe do Estatuto do DEM.
Há informações de que haverá uma festa no momento da sanção presidencial. Festa na Casa Grande, com a presença dos escravos de dentro que, uma vez mais, hão de se lambuzar e saciar sua fome individual com os restos do banquete. Brancos, ricos e poderosos ao lado de negros bem educados e emergentes. A coroação perfeita da democracia racial brasileira.
Enquanto isso, nas senzalas, cabe aos movimentos combativos continuar a luta, certos de que qualquer mudança concreta deste país rumo à justiça e igualdade passa necessariamente pelas mãos calejadas e ensaguentadas do povo negro brasileiro.
Douglas Belchior é prof. de história e membro do Conselho Geral da Uneafro-Brasil
sábado, 12 de junho de 2010
Divulgando o Blog: "Homenagens a Pedro Yamaguchi Ferreira"
Por isso abro esta nova postagem para divulgar o link do blog criado para prestar algumas homenagens a este importante companheiro.
http://omissionariopedro.wordpress.com/
Desejamos muita força a família para continuar a caminhada.
Abraços
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Revista Digital ABDA (Associação Brasileira de Direto Agrario) n.º 132
Bom Fim de Semana a Todos!!!
Brasil, 27 de maio de 2010
Uma diminuição nos direitos concedidos às comunidades fundadas por ex-escravos para controlar e beneficiar terras tradicionais pode violar as obrigações internacionais do Brasil na questão dos direitos humanos.
A afirmação foi feita nesta quarta-feira pela relatora do Conselho de Direitos Humanos da ONU para Moradia Adequada, Raquel Rolnik.
Constitucionalidade
Ela diz que o Supremo Tribunal Federal do país deve julgar em breve a constitucionalidade de um decreto que regulamenta a concessão de títulos de terra a essas comunidades quilombolas.
O decreto, segundo Rolnik, é parte de uma série de medidas destinadas a compensar a dívida histórica da nação com comunidades afetadas por séculos de dominação e violação de direitos. Em entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, ela ressaltou a importância do acesso à terra para os quilombolas.
"As comunidades quilombolas dependem direta e exclusivamente do acesso à terra para sua sobrevivência e não apenas do acesso genericamente, mas nas localizações onde se encontram", afirmou.
Risco
Se for declarado inconstitucional, Rolnik diz que o decreto colocaria em risco o direito desses quilombolas e violaria as obrigações internacionais do Brasil, principalmente no Pacto sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.
A relatora ressalta que os direitos de propriedade das comunidades quilombolas tem sido garantidos lentamente, expondo os moradores a ameaças de despejos forçados por proprietários de terra, empresas de mineração e desenvolvimento.
Ela afirma que existem 1,408 mil comunidades quilombolas registradas no Brasil.
Para ouvir esta notícia clique em:
http://downloads.unmultimedia.org/radio/pt/real/2010/10052613i.rm
ou acesse:
http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/180499.html
Por Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York, 26.05.2010.
domingo, 23 de maio de 2010
Sugestão pra Assistir (5): Besouro (2009 - João Daniel Tikhomiroff)
Uma breve Sinopse: "Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes."
Besouro
Titulo original: (Besouro)
Lançamento: 2009 (Brasil)
Direção: João Daniel Tikhomiroff
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Gênero:Ação
Elenco:
Aílton Carmo … Besouro
Anderson Santos de Jesus … Quero-Quero
Jessica Barbosa … Dinorá
Flavio Rocha … Coronel Venâncio
Irandhir Santos … Noca de Antônia
Macalé … Mestre Alípio
Leno Sacramento … Chico Canoa
Chris Vianna … Teresa
Sérgio Laurentino … Exu
Adriana Alves … Oxum
Miguel Lunardi … Capanga
Ouçam "Reggae B"
Recomendo conhecerem a banda, acesse o site da banda http://www.reggaeb.com.br/
Abraços a todos
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Negros Heróis: histórias que não estão no gibi
Ta ai uma boa sugestão de leitura. Um importante trabalho de pesquisa.
"É uma obra de jornalismo literário que por meio da trajetória de vida de personagens fora de série, remonta mais de um século da luta do negro brasileiro contra o racismo."(trecho do site)
O livro resgata a personagem LAUDELINA DE CAMPOS MELLO e o personagem ANTONIO CARLOS SANTOS SILVA (TC)
Ambos lutadores sociais, suas historias devem ser conhecidas e eternizadas, seja na obra de literatura, seja como referência nas ações para os novos sujeitos sociais.
No site (clique no titulo) ainda tem na secção multimídia, O Prefácio escrito pela professora Marcia Fantinatti e A Resenha pelo professor Wagner Geribello disponíveis para download, além de vídeos e fotos.
Acessem!!!
(Este post foi uma sugestão de Regiane Silva)
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Seminário - A cidade e o negro no Brasil: Cidadania e Território (Diálogos com a Lei 10.639/2003)
Recebi o convite Hoje, mas não custa divulgar.
O Grupo de Estudos Relações Raciais: Memória, Identidade e Imaginário da PUC-SP e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo realizam o seminário A cidade e o negro no Brasil: cidadania e território (Diálogos com a Lei 10.639/2003). O seminário, que tem início no dia 11/5, tem como objetivo ampliar a discussão sobre o cenário da população negra na sociedade brasileira. Clique aqui para ver a programação completa e os locais do evento. Mais informações: (11) 3670-8517.
(Clique no Titulo para baixar o cartaz da atividade)
Axé
domingo, 9 de maio de 2010
Museu Afro Brasil - Exposição no dia 13-05
Dia 13, quinta-feira, a programação especial inclui lançamentos dos livros "De Valentim a Valentim - a Escultura Brasileira - Séculos XVIII e XX" e "As Artes de Carybé - Las Artes de Carybé" e show com os baianos Virginia Rodrigues e Tiganá Santana
Abertura da exposição: Dia 13 de maio de 2010, às 19 horas
Classificação: Livre
Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, s/n. - Parque Ibirapuera - Portão 10
Funcionamento: terça a domingo, das 9 às 17 horas (permanência até 18h)
Estacionamento: Portão 3 - Zona Azul
Informações: (11) 5579-0593
Agendamento de grupos e visitas monitoradas: (11) 5579-0593 ou agendamento@ museuafrobrasil. com.br
A exposição, Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição: Iconografias e Textos apresentará dois diferentes tempos, mostrando documentos históricos, fotografias de época, aquarelas, pinturas, publicações e esculturas de ícones negros abolicionistas. A curadoria é do artista plástico, Emanoel Araujo, Diretor Curador do Museu Afro Brasil. A data escolhida para a abertura da mostra é 13 de maio, dia de reflexão pelos 122 anos da Abolição da Escravatura. De
A exposição - Primeiro, um tempo não definido, da chegada dos escravos no Brasil e em outros países das Américas. Para mostrar as atrocidades desta instituição infame, através de narrativas sobre navios negreiros, que cortaram o Atlântico com a grande carga humana de mais de 6 milhões de africanos; sem contar aqueles que tiveram o mar como sepultura. São narrativas escritas, desenhadas e pintadas por viajantes, poetas e escritores, que traduziram o sofrimento em célebres poesias como “O Navio Negreiro” de Castro Alves, que também inspirou Cassiano Ricardo e o poeta americano Langston Hughes e, também “A Escravidão” de Joaquim Nabuco. Destaque para o Movimento Abolicionista de 1882 no Estado do Ceará, onde ocorreu a abolição seis anos antes de ser adotada em todo o Brasil. São Tempos da Escravidão. Depois, os Tempos da Abolição destacando grandes personagens da vida pública brasileira, envolvidos com o término da mais terrível exploração humana nas terras das Américas. O poeta Luiz Gama; o escritor, romancista e jornalista José do Patrocínio; o engenheiro André Rebouças; Antonio Bento, do Grupo Abolicionista “Os Caifazes” ; o poeta Castro Alves; o médico baiano, Luiz Anselmo da Fonseca, autor do livro “A Escravidão, o Clero e o Abolicionismo” (1887). Destaque para as mulheres nordestinas da Sociedade Abolicionista Feminina: Olegária Carneiro da Cunha, Maria Augusta Generoso Estrela e Carolina Ferraz.
De
Dia 13 de maio de 2010 (quinta-feira) :
19h00 - Abertura da Exposição “Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição – Iconografias e Textos”.
- Lançamentos de Publicações:
Livro “De Valentim a Valentim, a escultura brasileira – Século XVIII ao XX” - (Co-edição Museu Afro Brasil e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo) –
As páginas retratam a megaexposição realizada no Museu Afro Brasil, em março de 2009, que recontou a história da escultura brasileira paralelamente a de escultores europeus, muitos dos quais se fixaram no Brasil, como os italianos,
Livro “As Artes de Carybé – Las Artes de Carybé” - (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Museu Afro Brasil e Instituto Carybé) – 296 páginas.
O livro se rende as maravilhosas obras do argentino, radicado no Brasil, Hector Julio Paride Bernabó, o inquieto e irreverente criador, Carybé. São fotos de pinturas, desenhos, esculturas, ilustrações e esboços que marcaram a arte brasileira do século XX e a trajetória deste artista que viveu parte de sua vida na cidade de São Salvador, Bahia. A arquitetura, o negro, as yalorixás, os orixás. A ele são creditadas as principais representações simbólicas e míticas do universo africano da Bahia, resultado de sua vivência e dedicação à terra que adotou. Dos expressivos murais construídos na técnica de concreto, com formas perdidas de isopor e madeira, como na fachada da Assembléia Legislativa de Salvador; no Mural da Sala de Atos do Memorial da América Latina,
Revista “AFRO B” - Lançamento da Revista do Museu Afro Brasil – Pontão de Cultura
20h00 - Show de Tiganá Santana e Virgínia Rodrigues
Os baianos dividem o palco num show que reverencia os ritmos brasileiros e africanos. O cantor Tiganá é um dos raros brasileiros que compõem em dialetos quicongo, quibondo e iorubá. Ele explora o universo ancestral banto e dialoga com clássicos da MPB. Sua conterrânea, Virginia Rodrigues, tem nele um de seus compositores favoritos. Relevada em 1997 por Caetano Veloso, durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum, a mezzo-soprano e ex-manicure iniciou carreira cantando em coros de igrejas. No repertório ela inclui canções de Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso e de blocos afros de Salvador, como Ilê Ayê e Alaketu.
Dia 15 de maio de 2010 (sábado):
Das 11h00 as 14h00 - Comemoração dos cinco anos da Biblioteca “Carolina Maria de Jesus” do Museu Afro Brasil - No mês em que a Biblioteca “Carolina Maria de Jesus” comemora os cinco anos de sua criação e instalação no Museu Afro Brasil, nada mais justo que a comemoração gire em torno do nome de Carolina Maria de Jesus, a catadora de papel, que viveu na favela do Canindé, na cidade de São Paulo, e que se transformou em escritora, a partir da publicação, em 1960, do livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”. Para marcar a data acontece o “Viva, Carolina Viva!”, um debate que discutirá a participação da mulher negra no mercado literário brasileiro.
11h00 as 11h15 – Abertura – Romilda Silva, bibliotecária do Museu Afro Brasil;
11h15 as 11h30 – Introdução com a Mediadora – Profª Drª. Lígia Ferreira;
11h30 as 12h00 – Painel – Produção literária de escritoras afrodescendentes – Oswaldo de Camargo, escritor, pesquisador, jornalista e músico;
12h00 as 12h30 – Depoimentos – Vera Eunice, filha da escritora homenageada e de Audálio Dantas, jornalista;
12h30 as 13h00 – Painel – Produção de Carolina Maria de Jesus – Jackeline Romio
13h00 as 13h30 – Participação do público e considerações da mediadora; sorteio de livros “O diário de Bitita” de Carolina Maria de Jesus
13h30 as 14h00 – Café de encerramento e visita ao Núcleo de História e Memória do Museu Afro Brasil
Sobre o Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.
Localizado no Parque Ibirapuera, São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor-Curador do Museu. A biblioteca, cujo nome homenageia a escritora "Carolina Maria de Jesus", possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque para a coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade e nas instituições sociais são temas presentes.
O Museu Afro Brasil mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados de instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o Programa "Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade", atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e deficiências, promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Sugestão pra assistir (4): Quanto Vale ou é Por Quilo? (2005)
Tendo em vista a enxurrada de propaganda que somos expostos diariamente. O filme estimula um outro olhar sob toda esta onda das organizações sociais, empresas e atores ligados a governos que estimulam as praticas "solidarias" ou de "responsabilidade social", ao tema mais antigo de nossa sociedade a questão da desigualdade social. Principalmente cutuca aqueles que fazem questão de desresponsabilizar o Estado e depois transferir todo o problema para comunidade, mas quem acaba saindo no lucro é o setor privado, seja empresa, seja organização social.
Com varias sacadas nas narrativas principalmente elucidando velhos discursos que voltam a aparecer principalmente neste ano eleitoral. (Reparem na parte quando o ator fala na importancia da construção dos presídios)
Sinopse pesquisada sobre o filme:
"Quanto Vale ou é Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais.
No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro.
Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou é Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um paíse em permanente crise de valores."
ficha técnica:
- título original:Quanto Vale ou é por Quilo?
- gênero:Drama
- duração:01 hs 44 min
- ano de lançamento:2005
- site oficial:http://www.quantovaleoueporquilo.com.br
- estúdio:Agravo Produções Cinematográficas S/C Ltda.
- distribuidora:Riofilme
- direção: Sérgio Bianchi
- roteiro:Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canitto, baseado no conto "Pai Contra Mãe", de Machado de Assis
- produção:Patrick Leblanc e Luís Alberto Pereira
- música:
- fotografia:Marcelo Copanni
- direção de arte:Renata Tessari
- figurino:Carol Lee, David Parizotti e Marisa Guimarães
- edição:Paulo Sacramento