quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

domingo, 21 de novembro de 2010

O Mestre Sala dos Mares

“Há muito tempo nas águas da Guanabara

O dragão do mar reapareceu

Na figura de um bravo marinheiro

A quem a história não esqueceu

Conhecido como o almirante negro

Tinha a dignidade de um mestre sala

E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas

....

Rubras cascatas jorravam das costas

dos negros pelas pontas das chibatas

Inundando o coração de toda tripulação

...

Salve o almirante negro

Que tem por monumento

As pedras pisadas do cais

Mas faz muito tempo.

(João Bosco e Aldir Blanc)

domingo, 26 de setembro de 2010

Procuradoria de Sergipe ajuíza três ações expropriatórias para fins de regularização de territórios quilombolas

20.08.2010 - Quilombo Mocambo as margens do rio São Francisco

A procuradoria regional junto ao INCRA de Sergipe ajuizou, no último dia 29 de julho na 6ª Vara Federal de Itabaiana, as primeiras ações expropriatórias dos imóveis rurais Fazenda Nova Floresta, Fazenda Viva Fé e Fazenda Montreal para fins de regularização do território da comunidade remanescente de quilombo de Mocambo, na zona rural do município de Porto da Folha, a 190 km de Aracaju. As ações fazem parte da chamada etapa de desintrusão, que consiste na retirada dos ocupantes não-quilombola do perímetro do quilombo.

Segundo o procurador regional do INCRA em Sergipe que propôs a ação, Marcos Bispo, ao todo a autarquia vai acionar 40 proprietários de imóveis rurais que também serão expropriados e indenizados pela terra nua e benfeitorias. No caso das fazendas cujas ações já foram ajuizadas, a indenização já foi depositada pelo INCRA. Após a imissão na posse pela autarquia, os proprietários terão 15 dias para sair da área, sob pena de multa diária determinada pela Justiça.

Marcos Bispo considera o ajuizamento das ações “algo pioneiro no âmbito de todas as superintendências”, uma vez que “tudo indica que é a primeira vez que são ajuizadas ações de desapropriação para fins de regularização do território quilombola nos moldes do decreto 4887/2003, conforme determina o art. 68 do ADCT da Constituição de 1988”, afirmou o procurador regional.

O quilombo de Mocambo é formando por 114 famílias, que residem no local há mais de um século, vivendo da agricultura, pesca e pecuária. Semelhante à história da formação de outras populações remanescentes de quilombo, Mocambo foi formado a partir de ex-escravos refugiados do trabalho duro na exploração da cana de açúcar na região do Vale do Cotinguiba. O relatório antropológico de Mocambo destaca que a comunidade encontrada pela primeira vez por uma comitiva do Imperador Dom Pedro II que passeava pelo rio São Francisco. De acordo com Marcos Bispo, esse relatório foi elaborado pela Fundação Cultural Palmares (FCP) “qu e já emitiu um título para o quilombo em 2000, porém não se fez a desintrusão”. Ainda segundo o procurador, se o processo correr normalmente, “teremos a imissão na posse do imóvel e posterior titulação dessas glebas em nome da associação representativa da comunidade”, garante.

Para a procuradora-chefe do Incra, Gilda Diniz, a propositura das ações é um momento importante, “pois a comunidade já viveu vários momentos de tensão, em que os fazendeiros ameaçam a população quilombola e prejudicavam sua produção agropecuária”. Outro foco de tensão que Mocambo enfrentou foi a convivência com casas e bares de pessoas de fora na área de marinha do território quilombola, às margens do São Francisco. Essa relação era marcada por desentendimentos e conflitos constantes. Segundo a procuradora, houve momentos, inclusive, que o Ministério Público Federal precisou intervir e solicitar judicialmente a destr uição das construções de ocupantes não quilombolas, uma vez que a área de marinha pertence à União.

Ao todo, há hoje no estado do Sergipe 15 comunidades certificadas pela FCP. Dessas, Mocambo e Campinhos estão em fase de titulação. Outras sete estão em processo de elaboração do Relatório de Técnico de Identificação e Delimitação (RTID); duas estão com RTID concluído e em análise Técnica/Jurídica e outras quatro estão em fase de contratação do Relatório Antropológico. Além dessas 15, existem em torno de outras 10 comunidades em processo de organização, visando solicitar a certificação.

Regularização quilombola

Para regularizar os territórios quilombolas, primeiro o Incra elabora o Relatório Técnico de Identificação e Delimitação (RTID), que engloba uma série de estudos e documentos que substanciam e justificam a regularização de comunidades remanescentes de quilombos. Esse relatório contém informações cartográficas, etnográficas, fundiárias, socioeconômicas e antropológicas. Concluído e publicado o RTID, o Incra abre um prazo de 90 dias, a contar da notificação individual que o órgão faz, aos não-quilombolas que estejam nas terras delimitadas para as comunidades quilombolas. Eventuais contestações são avaliadas pelo Comitê de Decisão Regional (CDR) instalado na Superintendência Regional do Incra.

Paralelamente ao prazo de 90 dias, o Incra consulta órgãos estaduais e federais, como a Funai, o Instituto Chico Mendes e a Sema. O objetivo é saber se dentro das terras reivindicadas pelos remanescentes de quilombos há áreas sob a responsabilidade desses órgãos. Caso não existam contestações ou assim que estas sejam superadas, a autarquia parte para a publicação da portaria de reconhecimento e delimitação, documento que dá mais segurança jurídica ao processo de regularização das comunidades quilombolas e, na prática, oficializa o direito de uso e permanência desses povos sobre a terra.

O processo segue com a avaliação de imóveis e benfeitorias de famílias não-quilombolas que estão nas comunidades remanescentes, passíveis de indenização. Segundo Instrução Normativa do Incra, as famílias não-quilombolas poderão ser reassentadas, desde que possuam perfil de clientes da reforma agrária. A etapa final é a titulação das áreas.

(Com informações da Assessoria de Comunicação da Superintendência Regional do Incra em Santarém.)

Por Chico Monteiro, Assessoria de Comunicação da PFE/Incra, 20.08.2010

Incra garante conquista histórica para quilombolas de Sergipe

Incra garante conquista histórica para quilombolas de Sergipe

16.09.2010 - Dezenas de pessoas, entre remanescentes de quilombos, indígenas, agricultores e representantes da Igreja Católica e do Poder Público, acompanharam quarta-feira (15/9) mais um momento histórico para a consolidação de territórios quilombolas no Brasil. Em uma cerimônia simples, realizada na sede do imóvel Fazenda Montreal, em Porto da Folha, no Alto Sertão Sergipano, foi oficializada a primeira imissão na posse sobre áreas particulares, visando à estruturação de um território quilombola no país.

Fruto de uma decisão inédita expedida pelo juiz Amiro José da Rocha Lemos, da 6ª Vara Federal de Itabaiana, o ato estabeleceu a posse pelo Incra de três imóveis rurais, localizados entre os municípios de Poço Redondo e Porto da Folha, em Sergipe.

Com o ato, somados à Fazenda Montreal, os imóveis Fazenda Nova Floresta e Fazenda Viva Fé, que juntos possuem área de mais de 353 hectares, passaram oficialmente a integrar o território quilombola de Mocambo, estabelecido por decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em novembro do ano passado. "É uma conquista fundamental. A realização de um sonho, fruto de uma luta de mais de 13 anos", afirmou Ademar Ricardo Rosa, de 22 anos, coordenador da associação dos moradores da comunidade.

Para delimitar o território destinado às famílias remanescentes de quilombos, foi realizado pelo Incra um amplo estudo antropológico e agronômico, que identificou além das três áreas incorporadas, a existência de outras 37 propriedades particulares no perímetro de Mocambo (em uma área total de mais de 2,1 mil hectares). Trinta e seis delas já foram vistoriadas e avaliadas pelo Incra e aguardam decisões judiciais. Já o processo referente à área da Fazenda Boa Esperança, também inserida no perímetro de Mocambo, encontra-se em fase final de tramitação, devendo a posse do imóvel ser imitida ao Incra nas próximas semanas.

Mocambo

Localizada no município de Porto da Folha, às margens do rio São Francisco, Mocambo foi a primeira comunidade remanescente de quilombos de Sergipe reconhecida pela Fundação Cultural Palmares. A comunidade, composta por 114 famílias auto-reconhecidas como quilombolas, tem como principais atividades econômicas a pesca e a agricultura.

Por Redação do Incra, 16.09.2010

domingo, 20 de junho de 2010

Triste Votação. Um retrocesso na luta pela Promoção da Igualdade Racial

Caros Leitores!

Transcrevo abaixo um comentario que remete a nossa tristeza sobre a ultima votação no congresso, como muitos já devem saber foi um grande recuo em todos os sentidos.

Devemos agora, mais do que nunca analisarmos nossas ações e organizações, para que possamos retomar toda nossa luta e enfrentarmos esta perda.


Saudações a todos e muito AXÉ para nós encararmos esta próxima semana.

Jorge


O Estatuto da Democracia Racial

Por Douglas Belchior

Mais uma vez, os senhores determinaram a regra, a lei e os limites da existência e da sobrevivência dos negros no Brasil. O dia 16 de junho de 2010 entra para a história, cinco séculos após a chegada dos primeiros africanos escravizados nestas terras e 122 anos após o fim da escravidão. Encerra-se mais um triste capítulo da luta entre senhores brancos racistas versus escravizados negros e pobres. Desta vez, nas salas acarpetadas do Senado Federal, em Brasília.

Em tramitação desde 2003, o chamado Estatuto da Igualdade Racial, apresentado pelo Senador Paulo Paim (PT), animou a esperança de o Estado Brasileiro finalmente iniciar um processo de reparação aos descendentes da escravidão no Brasil. No entanto, nesses difíceis anos de debate e enfrentamento aos que resistiam à sua aprovação, a proposta original sofreu muitas alterações que esvaziaram a possibilidade de eficácia e o sentido reparatório.

Ainda em 2009, alterações feitas na Câmara Federal rebaixaram o Estatuto para uma condição “autorizativa”, além de não garantir recursos para sua execução. Com isso, os gestores públicos já não seriam obrigados a colocá-lo em prática.

O Estatuto da Igualdade Racial aprovado pelo Senado neste dia 16 de junho foi ainda mais fundo no poço da hipócrita democracia racial brasileira. Fruto de um acordo espúrio entre o senador Paulo Paim (PT), o senador Demóstenes Torres (DEM), relator do projeto e presidente da CCJ no Senado, e o Ministro da Seppir, Elói Ferreira (representante dos interesses do ex-titular da pasta Edson Santos), significou alta traição à luta do povo negro no Brasil.

O acordo que possibilitou a aprovação do Estatuto (e que será usado como bandeira no processo eleitoral tanto pelo PT quanto pelo DEM), simplesmente enterrou as reivindicações históricas do povo negro, uma vez que o texto aprovado excluiu as Cotas para negros nas universidades, nos partidos e nos serviços públicos; excluiu a garantia do direito a titulação das terras quilombolas; excluiu a defesa e o direito a liberdade de prática das religiões de matriz africanas e não fez referência a necessidade de atenção do Estado ao genocídio cometido pelas polícias que vitimam a juventude negra.

Pior ainda que a supressão destas demandas, o texto de Demóstenes do DEM – aceito por Paim e pela Seppir, negou-se a reconhecer os efeitos dos mais de 350 anos de escravidão e a existência de uma identidade negra no país!

O Senador Demóstenes Torres, representante dos senhores, do agronegócio e dos ruralistas, é o mesmo que durante a audiência pública sobre cotas no STF, realizada em março deste ano, afirmou que as mulheres negras escravizadas se entregavam ao deleite sexual com seus senhores. Este homem, conservador e racista, é o padrinho do Estatuto da Igualdade Racial aprovado no Senado e que agora segue para sanção do presidente Lula. Tudo isso sob a égide da submissão dos negros da Seppir e do parlamento, que nem de longe representam as aspirações dos movimentos da luta negra no Brasil.

Aliás, mesmo sob pressão de importantes organizações do Movimento Negro - entre as quais, o Movimento Negro Unificado (MNU), o Coletivo de Entidades Negras (CEN), o Círculo Palmarino, a UNEafro-Brasil - e do Movimento Social, como o Tribunal Popular, o MST e a Federação Nacional das Associações de Moradores, que encaminharam Carta Aberta ao Senado pedindo a retirada do projeto do Estatuto, e mesmo da posição contrária da CONEN, organização negra que agrega militantes petistas, a Seppir, Paulo Paim e deputados historicamente ligados a luta racial, como Janete Pietá e Vicentinho, sucumbiram. Reafirmando sua índole traiçoeira, o parlamento aproveitou a comoção provocada pela copa do mundo para articular o golpe do Estatuto do DEM.

Há informações de que haverá uma festa no momento da sanção presidencial. Festa na Casa Grande, com a presença dos escravos de dentro que, uma vez mais, hão de se lambuzar e saciar sua fome individual com os restos do banquete. Brancos, ricos e poderosos ao lado de negros bem educados e emergentes. A coroação perfeita da democracia racial brasileira.

Enquanto isso, nas senzalas, cabe aos movimentos combativos continuar a luta, certos de que qualquer mudança concreta deste país rumo à justiça e igualdade passa necessariamente pelas mãos calejadas e ensaguentadas do povo negro brasileiro.


Douglas Belchior é prof. de história e membro do Conselho Geral da Uneafro-Brasil

sábado, 12 de junho de 2010

Divulgando o Blog: "Homenagens a Pedro Yamaguchi Ferreira"

Como é de conhecimento para muitos na ultima semana tivemos a perda trágica de um importante militante social, Pedro Yamaguchi Ferreira.

Por isso abro esta nova postagem para divulgar o link do blog criado para prestar algumas homenagens a este importante companheiro.

http://omissionariopedro.wordpress.com/

Desejamos muita força a família para continuar a caminhada.

Abraços

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Revista Digital ABDA (Associação Brasileira de Direto Agrario) n.º 132

Esta semana quero compartilhar com vocês algumas materias dos boletins que eu assino na área agrária.
Bom Fim de Semana a Todos!!!

Brasil, 27 de maio de 2010

Redução de direitos de quilombolas do Brasil pode violar leis internacionais
Relatora do Conselho de Direitos Humanos da ONU para Moradia Adequada diz que Supremo Tribunal Federal do país deve julgar em breve a constitucionalidade de um decreto que regulamenta a concessão de títulos de terra às comunidades quilombolas.

Uma diminuição nos direitos concedidos às comunidades fundadas por ex-escravos para controlar e beneficiar terras tradicionais pode violar as obrigações internacionais do Brasil na questão dos direitos humanos.

A afirmação foi feita nesta quarta-feira pela relatora do Conselho de Direitos Humanos da ONU para Moradia Adequada, Raquel Rolnik.

Constitucionalidade

Ela diz que o Supremo Tribunal Federal do país deve julgar em breve a constitucionalidade de um decreto que regulamenta a concessão de títulos de terra a essas comunidades quilombolas.

O decreto, segundo Rolnik, é parte de uma série de medidas destinadas a compensar a dívida histórica da nação com comunidades afetadas por séculos de dominação e violação de direitos. Em entrevista à Rádio ONU, de São Paulo, ela ressaltou a importância do acesso à terra para os quilombolas.

"As comunidades quilombolas dependem direta e exclusivamente do acesso à terra para sua sobrevivência e não apenas do acesso genericamente, mas nas localizações onde se encontram", afirmou.

Risco

Se for declarado inconstitucional, Rolnik diz que o decreto colocaria em risco o direito desses quilombolas e violaria as obrigações internacionais do Brasil, principalmente no Pacto sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais.

A relatora ressalta que os direitos de propriedade das comunidades quilombolas tem sido garantidos lentamente, expondo os moradores a ameaças de despejos forçados por proprietários de terra, empresas de mineração e desenvolvimento.

Ela afirma que existem 1,408 mil comunidades quilombolas registradas no Brasil.

Para ouvir esta notícia clique em:

http://downloads.unmultimedia.org/radio/pt/real/2010/10052613i.rm

ou acesse:

http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/180499.html

Por Daniela Traldi, da Rádio ONU em Nova York, 26.05.2010.

domingo, 23 de maio de 2010

Sugestão pra Assistir (5): Besouro (2009 - João Daniel Tikhomiroff)

A sugestão de filme deste fim de semana é Besouro, o filme mistura fatos historicos com uma estetica de ação e aventura, com cenas de lutas como nos filmes orientais de artes marciais, porém neste caso a arte em questão é a Capoeira. Se pensarmos que não faz tanto tempo que a Capoeira deixou de ser proibida e censurada, e ganhou a importancia que tem hoje como Patrimonio Cultural do Brasil, reconhecida internacionalmente. Muito recomendado não só como um registro da nossa historia mas como um bom entretenimento.

Uma breve Sinopse: "Bahia, década de 20. No interior os negros continuavam sendo tratados como escravos, apesar da abolição da escravatura ter ocorrido décadas antes. Entre eles está Manoel (Aílton Carmo), que quando criança foi apresentado à capoeira pelo Mestre Alípio (Macalé). O tutor tentou ensiná-lo não apenas os golpes da capoeira, mas também as virtudes da concentração e da justiça. A escolha pelo nome Besouro foi devido à identificação que Manuel teve com o inseto, que segundo suas características não deveria voar. Ao crescer Besouro recebe a função de defender seu povo, combatendo a opressão e o preconceito existentes."

Besouro
Titulo original: (Besouro)
Lançamento: 2009 (Brasil)
Direção: João Daniel Tikhomiroff
Tempo de Duração: 120 minutos
Ano de Lançamento: 2009
Gênero:Ação

Elenco:

Aílton Carmo … Besouro
Anderson Santos de Jesus … Quero-Quero
Jessica Barbosa … Dinorá
Flavio Rocha … Coronel Venâncio
Irandhir Santos … Noca de Antônia
Macalé … Mestre Alípio
Leno Sacramento … Chico Canoa
Chris Vianna … Teresa
Sérgio Laurentino … Exu
Adriana Alves … Oxum
Miguel Lunardi … Capanga

Ouçam "Reggae B"

Nesta semana conheci o som da banda Reggae B em Araraquara, em uma ótima apresentação artistica de altíssima qualidade musical, com um repertório que resgata os grandes hits do reggae. A banda recebeu todo o carinho do público neste show, numa retomada depois de longos três anos sem apresentações ao vivo, o show não ficou, nem de longe, aquém das expectativas.

Recomendo conhecerem a banda, acesse o site da banda http://www.reggaeb.com.br/

Abraços a todos

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Negros Heróis: histórias que não estão no gibi

- Quero abrir está semana com uma sugestão de postagem que chegou a minha caixa de mensagens e abrir para todos q acompanham o blog, que o mesmo está aberto para sugestões, para isso elas devem ser dirigidas ao e-mail jorge_h@bol.com.br.

"Quantos hérois negros você conhece?"

Ta ai uma boa sugestão de leitura. Um importante trabalho de pesquisa.

"É uma obra de jornalismo literário que por meio da trajetória de vida de personagens fora de série, remonta mais de um século da luta do negro brasileiro contra o racismo."(trecho do site)

O livro resgata a personagem LAUDELINA DE CAMPOS MELLO e o personagem ANTONIO CARLOS SANTOS SILVA (TC)

Ambos lutadores sociais, suas historias devem ser conhecidas e eternizadas, seja na obra de literatura, seja como referência nas ações para os novos sujeitos sociais.

No site (clique no titulo) ainda tem na secção multimídia, O Prefácio escrito pela professora Marcia Fantinatti e A Resenha pelo professor Wagner Geribello disponíveis para download, além de vídeos e fotos.

Acessem!!!

(Este post foi uma sugestão de Regiane Silva)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Seminário - A cidade e o negro no Brasil: Cidadania e Território (Diálogos com a Lei 10.639/2003)

A quem puder participar, vale a pena acompanhar esta discussão!!!

Recebi o convite Hoje, mas não custa divulgar.

O Grupo de Estudos Relações Raciais: Memória, Identidade e Imaginário da PUC-SP e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo realizam o seminário A cidade e o negro no Brasil: cidadania e território (Diálogos com a Lei 10.639/2003). O seminário, que tem início no dia 11/5, tem como objetivo ampliar a discussão sobre o cenário da população negra na sociedade brasileira. Clique aqui para ver a programação completa e os locais do evento. Mais informações: (11) 3670-8517.

(Clique no Titulo para baixar o cartaz da atividade)

Axé

domingo, 9 de maio de 2010

Museu Afro Brasil - Exposição no dia 13-05

Museu Afro Brasil abre no Dia da Abolição da Escravatura a exposição “Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição: Iconografias e Textos”

Dia 13, quinta-feira, a programação especial inclui lançamentos dos livros "De Valentim a Valentim - a Escultura Brasileira - Séculos XVIII e XX" e "As Artes de Carybé - Las Artes de Carybé" e show com os baianos Virginia Rodrigues e Tiganá Santana

Abertura da exposição: Dia 13 de maio de 2010, às 19 horas

Classificação: Livre

Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, s/n. - Parque Ibirapuera - Portão 10

Funcionamento: terça a domingo, das 9 às 17 horas (permanência até 18h)

Estacionamento: Portão 3 - Zona Azul

Informações: (11) 5579-0593

Agendamento de grupos e visitas monitoradas: (11) 5579-0593 ou agendamento@ museuafrobrasil. com.br

A exposição, Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição: Iconografias e Textos apresentará dois diferentes tempos, mostrando documentos históricos, fotografias de época, aquarelas, pinturas, publicações e esculturas de ícones negros abolicionistas. A curadoria é do artista plástico, Emanoel Araujo, Diretor Curador do Museu Afro Brasil. A data escolhida para a abertura da mostra é 13 de maio, dia de reflexão pelos 122 anos da Abolição da Escravatura. De 13 a 15 de maio uma programação especial será oferecida aos visitantes (vide quadro abaixo).

A exposição - Primeiro, um tempo não definido, da chegada dos escravos no Brasil e em outros países das Américas. Para mostrar as atrocidades desta instituição infame, através de narrativas sobre navios negreiros, que cortaram o Atlântico com a grande carga humana de mais de 6 milhões de africanos; sem contar aqueles que tiveram o mar como sepultura. São narrativas escritas, desenhadas e pintadas por viajantes, poetas e escritores, que traduziram o sofrimento em célebres poesias como “O Navio Negreiro” de Castro Alves, que também inspirou Cassiano Ricardo e o poeta americano Langston Hughes e, também “A Escravidão” de Joaquim Nabuco. Destaque para o Movimento Abolicionista de 1882 no Estado do Ceará, onde ocorreu a abolição seis anos antes de ser adotada em todo o Brasil. São Tempos da Escravidão. Depois, os Tempos da Abolição destacando grandes personagens da vida pública brasileira, envolvidos com o término da mais terrível exploração humana nas terras das Américas. O poeta Luiz Gama; o escritor, romancista e jornalista José do Patrocínio; o engenheiro André Rebouças; Antonio Bento, do Grupo Abolicionista “Os Caifazes” ; o poeta Castro Alves; o médico baiano, Luiz Anselmo da Fonseca, autor do livro “A Escravidão, o Clero e o Abolicionismo” (1887). Destaque para as mulheres nordestinas da Sociedade Abolicionista Feminina: Olegária Carneiro da Cunha, Maria Augusta Generoso Estrela e Carolina Ferraz.

De 13 a 15 de maio tem exposição inédita, lançamentos de livros, música e debate

Dia 13 de maio de 2010 (quinta-feira) :

19h00 - Abertura da Exposição “Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição – Iconografias e Textos”.

- Lançamentos de Publicações:

Livro “De Valentim a Valentim, a escultura brasileira – Século XVIII ao XX” - (Co-edição Museu Afro Brasil e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo) –

As páginas retratam a megaexposição realizada no Museu Afro Brasil, em março de 2009, que recontou a história da escultura brasileira paralelamente a de escultores europeus, muitos dos quais se fixaram no Brasil, como os italianos, em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. O contexto da Academia Imperial de Belas Artes, a Escola Nacional de Belas Artes, as escolas voltadas para o ensino das artes e ofícios, os ateliers de artistas, a escultura destinada a embelezar praças e jardins, assim como os monumentos das efemérides e a grande produção de monumentos tumulares. O livro apresenta em 448 páginas, mais de 350 obras; Mestre Valentim, Chaves Pinheiro, Rodolfo Bernardelli, Nicolina Vaz de Assis, Celso Antonio, Ernesto de Fiori, Victor Brecheret, Galileo Emendabili, Francisco Brennand, Frans Krajcberg e Rubem Valentim são alguns deles. São imagens de produções pertencentes aos acervos do Museu Nacional de Belas Artes, do Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, do Museu Mariano Procópio de Minas Gerais e de colecionadores particulares de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. ''Em um extremo, temos Mestre Valentim, escultor e entalhador do rococó, responsável por obras em muitas das igrejas do Rio de Janeiro, como as da Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Paula, e de outros templos religiosos que já não existem mais. Mestre Valentim foi também pioneiro na criação da escultura profana e arquiteto na construção do passeio público e de chafarizes no tempo do vice-rei Luiz de Vasconcelos. No outro extremo, o escultor baiano Rubem Valentim com seu trabalho geométrico inspirado nos símbolos da religião afro-brasileira'', explica Emanoel Araujo. ''Dois extremos formados por dois mestiços pioneiros que criaram obras inéditas, cada qual à sua época'', complementa. Tendo estes dois marcos como limites, o livro contempla o grande caminho da história da escultura brasileira.

Livro “As Artes de Carybé – Las Artes de Carybé” - (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Museu Afro Brasil e Instituto Carybé) – 296 páginas.

O livro se rende as maravilhosas obras do argentino, radicado no Brasil, Hector Julio Paride Bernabó, o inquieto e irreverente criador, Carybé. São fotos de pinturas, desenhos, esculturas, ilustrações e esboços que marcaram a arte brasileira do século XX e a trajetória deste artista que viveu parte de sua vida na cidade de São Salvador, Bahia. A arquitetura, o negro, as yalorixás, os orixás. A ele são creditadas as principais representações simbólicas e míticas do universo africano da Bahia, resultado de sua vivência e dedicação à terra que adotou. Dos expressivos murais construídos na técnica de concreto, com formas perdidas de isopor e madeira, como na fachada da Assembléia Legislativa de Salvador; no Mural da Sala de Atos do Memorial da América Latina, em São Paulo; e nas pinturas do “Navio Negreiro”, no hall do edifício Castro Alves; além do grande Mural dos Orixás, hoje exposto no Museu Afro-Brasileiro da Bahia. O livro registra a arte dos “muitos Carybés”, como afirma o Diretor-Curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo, Organizador da obra. “Carybé não era chegado a qualquer coisa estanque. Ele foi um incorrigível defensor da figuração, um inquieto colunista; sua obra se alterna entre a pintura, o desenho e a escultura; de um quadro de cavalete a um mural de proporção monumental”, descreve Emanoel.

Revista “AFRO B” - Lançamento da Revista do Museu Afro Brasil – Pontão de Cultura

20h00 - Show de Tiganá Santana e Virgínia Rodrigues

Os baianos dividem o palco num show que reverencia os ritmos brasileiros e africanos. O cantor Tiganá é um dos raros brasileiros que compõem em dialetos quicongo, quibondo e iorubá. Ele explora o universo ancestral banto e dialoga com clássicos da MPB. Sua conterrânea, Virginia Rodrigues, tem nele um de seus compositores favoritos. Relevada em 1997 por Caetano Veloso, durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum, a mezzo-soprano e ex-manicure iniciou carreira cantando em coros de igrejas. No repertório ela inclui canções de Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso e de blocos afros de Salvador, como Ilê Ayê e Alaketu.

Dia 15 de maio de 2010 (sábado):

Das 11h00 as 14h00 - Comemoração dos cinco anos da Biblioteca “Carolina Maria de Jesus” do Museu Afro Brasil - No mês em que a Biblioteca “Carolina Maria de Jesus” comemora os cinco anos de sua criação e instalação no Museu Afro Brasil, nada mais justo que a comemoração gire em torno do nome de Carolina Maria de Jesus, a catadora de papel, que viveu na favela do Canindé, na cidade de São Paulo, e que se transformou em escritora, a partir da publicação, em 1960, do livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”. Para marcar a data acontece o “Viva, Carolina Viva!”, um debate que discutirá a participação da mulher negra no mercado literário brasileiro.

11h00 as 11h15 – Abertura – Romilda Silva, bibliotecária do Museu Afro Brasil;

11h15 as 11h30 – Introdução com a Mediadora – Profª Drª. Lígia Ferreira;

11h30 as 12h00 – Painel – Produção literária de escritoras afrodescendentes – Oswaldo de Camargo, escritor, pesquisador, jornalista e músico;

12h00 as 12h30 – Depoimentos – Vera Eunice, filha da escritora homenageada e de Audálio Dantas, jornalista;

12h30 as 13h00 – Painel – Produção de Carolina Maria de Jesus – Jackeline Romio

13h00 as 13h30 – Participação do público e considerações da mediadora; sorteio de livros “O diário de Bitita” de Carolina Maria de Jesus

13h30 as 14h00 – Café de encerramento e visita ao Núcleo de História e Memória do Museu Afro Brasil

Sobre o Museu Afro Brasil

O Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.

Localizado no Parque Ibirapuera, São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor-Curador do Museu. A biblioteca, cujo nome homenageia a escritora "Carolina Maria de Jesus", possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque para a coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade e nas instituições sociais são temas presentes.

O Museu Afro Brasil mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados de instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o Programa "Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade", atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e deficiências, promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Sugestão pra assistir (4): Quanto Vale ou é Por Quilo? (2005)

A sugestão desta noite é o filme de Sergio Bianchi. Uma ótima obra para ilustrar varias e antigas situações principalmente de discriminação (seja racial ou social), das quais hoje acabam passando batido sobre nossos olhos.
Tendo em vista a enxurrada de propaganda que somos expostos diariamente. O filme estimula um outro olhar sob toda esta onda das organizações sociais, empresas e atores ligados a governos que estimulam as praticas "solidarias" ou de "responsabilidade social", ao tema mais antigo de nossa sociedade a questão da desigualdade social. Principalmente cutuca aqueles que fazem questão de desresponsabilizar o Estado e depois transferir todo o problema para comunidade, mas quem acaba saindo no lucro é o setor privado, seja empresa, seja organização social.

Com varias sacadas nas narrativas principalmente elucidando velhos discursos que voltam a aparecer principalmente neste ano eleitoral. (Reparem na parte quando o ator fala na importancia da construção dos presídios)

Sinopse pesquisada sobre o filme:
"Quanto Vale ou é Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais.
No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro.
Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou é Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um paíse em permanente crise de valores."

ficha técnica:

  • título original:Quanto Vale ou é por Quilo?
  • gênero:Drama
  • duração:01 hs 44 min
  • ano de lançamento:2005
  • site oficial:http://www.quantovaleoueporquilo.com.br
  • estúdio:Agravo Produções Cinematográficas S/C Ltda.
  • distribuidora:Riofilme
  • direção: Sérgio Bianchi
  • roteiro:Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canitto, baseado no conto "Pai Contra Mãe", de Machado de Assis
  • produção:Patrick Leblanc e Luís Alberto Pereira
  • música:
  • fotografia:Marcelo Copanni
  • direção de arte:Renata Tessari
  • figurino:Carol Lee, David Parizotti e Marisa Guimarães
  • edição:Paulo Sacramento
Enfim o filme faz um admirável contraponto. Um filme para todas classes sociais!!!

domingo, 25 de abril de 2010

Sugestão pra assistir(3): MARACATU, MARACATUS (1995)

As diferenças culturais entre as várias gerações de integrantes do maracatu rural, ritual afro-indígena que tem suas origens nos engenhos de açúcar de Pernambuco.

Direção: Marcelo Gomes

Assista (clique no titulo)

Sugestão pra assistir (2): ENCONTRO COM MILTON SANTOS (O Mundo Global Visto do Lado de Cá) - (2007)

A partir de uma entrevista concedida por Milton Santos (O Geógrafo), em 4 de janeiro de 2001 é discutida a globalização e seus efeitos nos países e cidades do planeta nos dias atuais.

Direção: Sílvio Tendler

Sugestão pra assistir(1): OS 12 TRABALHOS (2007)

Heracles é um jovem negro, que vive na periferia de São Paulo e que gosta de desenhar. Há 2 meses ele deixou a Febem e agora procura uma ocupação. Por indicação de seu primo Jonas, Heracles passa a trabalhar como motoboy. Em seu período de experiência ele precisa realizar 12 tarefas pela cidade de São Paulo. Para realizá-las Heracles precisa lidar com o preconceito, a burocracia e sua própria falta de malícia no novo serviço.

Direção: Ricardo Elias

sábado, 24 de abril de 2010

A Fantástica Historia do Baobá Africano:

Um dos maiores símbolos da historia da comunidade negra o baobá Africano é uma das plantas mais singulares do mundo. E nenhuma outra árvore consegue revelar de maneira tão singular, a variedade e a magnitude da África do que o maravilhoso baobá, que faz parte da historia do continente negro.
O baobá tem a forma de um barril, em sua copa um emaranhado de galhos produz folhas apenas durante o período de chuva, seu tronco pode apresentar mais de 26 metros de diâmetro e altura que pode atingir mais de 23 metros.
A circunferência do baobá permite que seu tronco funcione como reservatório de água contribuindo então para sua sobrevivência. Quando chove a casca da arvore absorve água como uma esponja, enchendo de água o tronco parcialmente oco. O baobá usa sua água bastante devagar com muita economia, por isso ele cresce bem lentamente e sua vida e muito longa. Alguns duram mais de 5 mil anos.

Antonio Francisco Lisboa, O Aleijadinho

Nascido em Ouro Preto, Minas Gerais, em 1730, e morreu na mesma cidade em 1814 escultor e arquiteto, foi o artista mais importante do Brasil Colonial. Vitima de uma doença mutilante, viu-se obrigado a usar o martelo e o pincel atados as mãos para poder esculpir, em estilo barroco, a maior parte de seus púlpitos, altares portadas, imagens e estatuas, de muitas igrejas de Minas Gerais.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Lei 10.639: A Questão Racial na Educação

Você sabia que a partir da publicação desta Lei torna obrigatória a inclusão da história, cultura e contribuição do povo negro na construção da riqueza cultural, econômica e social do Brasil, no currículo escolar em todos os níveis de ensino regular.
Durante todo ano letivo as escolas em todo o Brasil terão que desenvolver atividades com conteúdo programático sobre a historia da África, e seus povos, as lutas dos negros no Brasil, a construção da identidade cultural negra brasileira, o negro como um dos pilares na formação da sociedade nacional e inclusão no calendário escolar o dia 20 de novembro como dia Nacional da Consciência Negra.

Algumas cidades que já estão adequando as atividades na rede escolar a fim do cumprimento da lei:

Belém - PA
Belo Horizonte - MG
Brasilia - DF
Campinas - SP
Campo Grande - MS
Criciúma - SC
Diadema - SP
Porto Alegre - RS
Salvador - BA
São Paulo - SP


Algumas indicações para leitura que irão contribuir para a implementação da Lei 10.639 no dia a dia do aluno e do professor.


1- Menina bonita do laço de fita (Ana Maria Machado - Ed Ática 2000).
2- Pretinha eu (Julio Emilio Braz - Ed Scipione 2008)
3- Ifa, o adivinho (Reginaldo Prandi - Ed Cia das letras 2002) .

Grande AXÉ a todos

domingo, 18 de abril de 2010

O que todo cidadão deve saber sobre o Racismo

1- O Racismo é crime de lesa-humanidade e pode dar até três anos de cadeia.
2- A prática do Racismo constitui crime inafiançável sujeito a pena de reclusão nos termos da lei. ( Constituição Federal da Republica Artigo 5º )
3- Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião e etc.


De acordo com a Lei uma pessoa pratica racismo quando:



1- Não dá emprego para uma pessoa por causa da sua cor;
2- Pratica, induz ou incentiva, pelos meios de comunicação, a discriminação ou o preconceito de raça, cor, religião, nacionalidade e etnia.
3- Recusa ou impede freqüência de alunos negros nas escolas, universidades, etc.
4- Impede ou dificulta o casamento ou a convivência familiar ou social;
5- Impede ou recusa a entrada( por preconceito) em restaurantes, hotéis, clubes, casa de diversões, salões de beleza bem como as entradas sociais de edifícios, elevadores e transportes públicos.


O que fazer em caso de discriminação racial:

1- Obter o nome e endereço de testemunhas que tenham presenciado o fato.
2- Acionar a policia e fazer uma ocorrência policial.
3- Procurar entidades que possam dar apoio às vitimas.