Este blog tem como objetivo contribuir, informar, trocar experiências de temas relacionados à comunidade negra, e principalmente na desconstrução do Racismo que a mais de 500 anos impede nossa sociedade de sair do Estado Brasil Colonia. AXÉ
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Seminário - A cidade e o negro no Brasil: Cidadania e Território (Diálogos com a Lei 10.639/2003)
Recebi o convite Hoje, mas não custa divulgar.
O Grupo de Estudos Relações Raciais: Memória, Identidade e Imaginário da PUC-SP e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo realizam o seminário A cidade e o negro no Brasil: cidadania e território (Diálogos com a Lei 10.639/2003). O seminário, que tem início no dia 11/5, tem como objetivo ampliar a discussão sobre o cenário da população negra na sociedade brasileira. Clique aqui para ver a programação completa e os locais do evento. Mais informações: (11) 3670-8517.
(Clique no Titulo para baixar o cartaz da atividade)
Axé
domingo, 9 de maio de 2010
Museu Afro Brasil - Exposição no dia 13-05
Dia 13, quinta-feira, a programação especial inclui lançamentos dos livros "De Valentim a Valentim - a Escultura Brasileira - Séculos XVIII e XX" e "As Artes de Carybé - Las Artes de Carybé" e show com os baianos Virginia Rodrigues e Tiganá Santana
Abertura da exposição: Dia 13 de maio de 2010, às 19 horas
Classificação: Livre
Endereço: Av. Pedro Alvares Cabral, s/n. - Parque Ibirapuera - Portão 10
Funcionamento: terça a domingo, das 9 às 17 horas (permanência até 18h)
Estacionamento: Portão 3 - Zona Azul
Informações: (11) 5579-0593
Agendamento de grupos e visitas monitoradas: (11) 5579-0593 ou agendamento@ museuafrobrasil. com.br
A exposição, Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição: Iconografias e Textos apresentará dois diferentes tempos, mostrando documentos históricos, fotografias de época, aquarelas, pinturas, publicações e esculturas de ícones negros abolicionistas. A curadoria é do artista plástico, Emanoel Araujo, Diretor Curador do Museu Afro Brasil. A data escolhida para a abertura da mostra é 13 de maio, dia de reflexão pelos 122 anos da Abolição da Escravatura. De
A exposição - Primeiro, um tempo não definido, da chegada dos escravos no Brasil e em outros países das Américas. Para mostrar as atrocidades desta instituição infame, através de narrativas sobre navios negreiros, que cortaram o Atlântico com a grande carga humana de mais de 6 milhões de africanos; sem contar aqueles que tiveram o mar como sepultura. São narrativas escritas, desenhadas e pintadas por viajantes, poetas e escritores, que traduziram o sofrimento em célebres poesias como “O Navio Negreiro” de Castro Alves, que também inspirou Cassiano Ricardo e o poeta americano Langston Hughes e, também “A Escravidão” de Joaquim Nabuco. Destaque para o Movimento Abolicionista de 1882 no Estado do Ceará, onde ocorreu a abolição seis anos antes de ser adotada em todo o Brasil. São Tempos da Escravidão. Depois, os Tempos da Abolição destacando grandes personagens da vida pública brasileira, envolvidos com o término da mais terrível exploração humana nas terras das Américas. O poeta Luiz Gama; o escritor, romancista e jornalista José do Patrocínio; o engenheiro André Rebouças; Antonio Bento, do Grupo Abolicionista “Os Caifazes” ; o poeta Castro Alves; o médico baiano, Luiz Anselmo da Fonseca, autor do livro “A Escravidão, o Clero e o Abolicionismo” (1887). Destaque para as mulheres nordestinas da Sociedade Abolicionista Feminina: Olegária Carneiro da Cunha, Maria Augusta Generoso Estrela e Carolina Ferraz.
De
Dia 13 de maio de 2010 (quinta-feira) :
19h00 - Abertura da Exposição “Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição – Iconografias e Textos”.
- Lançamentos de Publicações:
Livro “De Valentim a Valentim, a escultura brasileira – Século XVIII ao XX” - (Co-edição Museu Afro Brasil e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo) –
As páginas retratam a megaexposição realizada no Museu Afro Brasil, em março de 2009, que recontou a história da escultura brasileira paralelamente a de escultores europeus, muitos dos quais se fixaram no Brasil, como os italianos,
Livro “As Artes de Carybé – Las Artes de Carybé” - (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Museu Afro Brasil e Instituto Carybé) – 296 páginas.
O livro se rende as maravilhosas obras do argentino, radicado no Brasil, Hector Julio Paride Bernabó, o inquieto e irreverente criador, Carybé. São fotos de pinturas, desenhos, esculturas, ilustrações e esboços que marcaram a arte brasileira do século XX e a trajetória deste artista que viveu parte de sua vida na cidade de São Salvador, Bahia. A arquitetura, o negro, as yalorixás, os orixás. A ele são creditadas as principais representações simbólicas e míticas do universo africano da Bahia, resultado de sua vivência e dedicação à terra que adotou. Dos expressivos murais construídos na técnica de concreto, com formas perdidas de isopor e madeira, como na fachada da Assembléia Legislativa de Salvador; no Mural da Sala de Atos do Memorial da América Latina,
Revista “AFRO B” - Lançamento da Revista do Museu Afro Brasil – Pontão de Cultura
20h00 - Show de Tiganá Santana e Virgínia Rodrigues
Os baianos dividem o palco num show que reverencia os ritmos brasileiros e africanos. O cantor Tiganá é um dos raros brasileiros que compõem em dialetos quicongo, quibondo e iorubá. Ele explora o universo ancestral banto e dialoga com clássicos da MPB. Sua conterrânea, Virginia Rodrigues, tem nele um de seus compositores favoritos. Relevada em 1997 por Caetano Veloso, durante um ensaio do Bando de Teatro Olodum, a mezzo-soprano e ex-manicure iniciou carreira cantando em coros de igrejas. No repertório ela inclui canções de Djavan, Gilberto Gil, Caetano Veloso e de blocos afros de Salvador, como Ilê Ayê e Alaketu.
Dia 15 de maio de 2010 (sábado):
Das 11h00 as 14h00 - Comemoração dos cinco anos da Biblioteca “Carolina Maria de Jesus” do Museu Afro Brasil - No mês em que a Biblioteca “Carolina Maria de Jesus” comemora os cinco anos de sua criação e instalação no Museu Afro Brasil, nada mais justo que a comemoração gire em torno do nome de Carolina Maria de Jesus, a catadora de papel, que viveu na favela do Canindé, na cidade de São Paulo, e que se transformou em escritora, a partir da publicação, em 1960, do livro “Quarto de despejo: diário de uma favelada”. Para marcar a data acontece o “Viva, Carolina Viva!”, um debate que discutirá a participação da mulher negra no mercado literário brasileiro.
11h00 as 11h15 – Abertura – Romilda Silva, bibliotecária do Museu Afro Brasil;
11h15 as 11h30 – Introdução com a Mediadora – Profª Drª. Lígia Ferreira;
11h30 as 12h00 – Painel – Produção literária de escritoras afrodescendentes – Oswaldo de Camargo, escritor, pesquisador, jornalista e músico;
12h00 as 12h30 – Depoimentos – Vera Eunice, filha da escritora homenageada e de Audálio Dantas, jornalista;
12h30 as 13h00 – Painel – Produção de Carolina Maria de Jesus – Jackeline Romio
13h00 as 13h30 – Participação do público e considerações da mediadora; sorteio de livros “O diário de Bitita” de Carolina Maria de Jesus
13h30 as 14h00 – Café de encerramento e visita ao Núcleo de História e Memória do Museu Afro Brasil
Sobre o Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil - Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.
Localizado no Parque Ibirapuera, São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor-Curador do Museu. A biblioteca, cujo nome homenageia a escritora "Carolina Maria de Jesus", possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque para a coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade e nas instituições sociais são temas presentes.
O Museu Afro Brasil mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados de instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o Programa "Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade", atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e deficiências, promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Sugestão pra assistir (4): Quanto Vale ou é Por Quilo? (2005)
Tendo em vista a enxurrada de propaganda que somos expostos diariamente. O filme estimula um outro olhar sob toda esta onda das organizações sociais, empresas e atores ligados a governos que estimulam as praticas "solidarias" ou de "responsabilidade social", ao tema mais antigo de nossa sociedade a questão da desigualdade social. Principalmente cutuca aqueles que fazem questão de desresponsabilizar o Estado e depois transferir todo o problema para comunidade, mas quem acaba saindo no lucro é o setor privado, seja empresa, seja organização social.
Com varias sacadas nas narrativas principalmente elucidando velhos discursos que voltam a aparecer principalmente neste ano eleitoral. (Reparem na parte quando o ator fala na importancia da construção dos presídios)
Sinopse pesquisada sobre o filme:
"Quanto Vale ou é Por Quilo? desenha um painel de duas épocas aparentemente distintas, mas, no fundo, semelhantes na manutenção de uma perversa dinâmica sócio-econômica, embalada pela corrupção impune, pela violência e pelas enormes diferenças sociais.
No século XVIII, época da escravidão explícita, os capitães do mato caçavam negros para vendê-los aos senhores de terra com um único objetivo: o lucro.
Nos dias atuais, o chamado Terceiro Setor explora a miséria, preenchendo a ausência do Estado em atividades assistenciais, que na verdade também são fontes de muito lucro. Com humor afinado e um elenco poucas vezes reunido pelo cinema nacional, Quanto Vale ou é Por Quilo? mostra que o tempo passa e nada muda. O Brasil é um paíse em permanente crise de valores."
ficha técnica:
- título original:Quanto Vale ou é por Quilo?
- gênero:Drama
- duração:01 hs 44 min
- ano de lançamento:2005
- site oficial:http://www.quantovaleoueporquilo.com.br
- estúdio:Agravo Produções Cinematográficas S/C Ltda.
- distribuidora:Riofilme
- direção: Sérgio Bianchi
- roteiro:Sérgio Bianchi, Eduardo Benaim e Newton Canitto, baseado no conto "Pai Contra Mãe", de Machado de Assis
- produção:Patrick Leblanc e Luís Alberto Pereira
- música:
- fotografia:Marcelo Copanni
- direção de arte:Renata Tessari
- figurino:Carol Lee, David Parizotti e Marisa Guimarães
- edição:Paulo Sacramento
domingo, 25 de abril de 2010
Sugestão pra assistir(3): MARACATU, MARACATUS (1995)
Direção: Marcelo Gomes
Assista (clique no titulo)
Sugestão pra assistir (2): ENCONTRO COM MILTON SANTOS (O Mundo Global Visto do Lado de Cá) - (2007)
Direção: Sílvio Tendler
Sugestão pra assistir(1): OS 12 TRABALHOS (2007)
Direção: Ricardo Elias
sábado, 24 de abril de 2010
A Fantástica Historia do Baobá Africano:
O baobá tem a forma de um barril, em sua copa um emaranhado de galhos produz folhas apenas durante o período de chuva, seu tronco pode apresentar mais de 26 metros de diâmetro e altura que pode atingir mais de 23 metros.
A circunferência do baobá permite que seu tronco funcione como reservatório de água contribuindo então para sua sobrevivência. Quando chove a casca da arvore absorve água como uma esponja, enchendo de água o tronco parcialmente oco. O baobá usa sua água bastante devagar com muita economia, por isso ele cresce bem lentamente e sua vida e muito longa. Alguns duram mais de 5 mil anos.
Antonio Francisco Lisboa, O Aleijadinho
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Lei 10.639: A Questão Racial na Educação
Durante todo ano letivo as escolas em todo o Brasil terão que desenvolver atividades com conteúdo programático sobre a historia da África, e seus povos, as lutas dos negros no Brasil, a construção da identidade cultural negra brasileira, o negro como um dos pilares na formação da sociedade nacional e inclusão no calendário escolar o dia 20 de novembro como dia Nacional da Consciência Negra.
Algumas cidades que já estão adequando as atividades na rede escolar a fim do cumprimento da lei:
Belém - PA
Belo Horizonte - MG
Brasilia - DF
Campinas - SP
Campo Grande - MS
Criciúma - SC
Diadema - SP
Porto Alegre - RS
Salvador - BA
São Paulo - SP
Algumas indicações para leitura que irão contribuir para a implementação da Lei 10.639 no dia a dia do aluno e do professor.
1- Menina bonita do laço de fita (Ana Maria Machado - Ed Ática 2000).
2- Pretinha eu (Julio Emilio Braz - Ed Scipione 2008)
3- Ifa, o adivinho (Reginaldo Prandi - Ed Cia das letras 2002) .
Grande AXÉ a todos
domingo, 18 de abril de 2010
O que todo cidadão deve saber sobre o Racismo
2- A prática do Racismo constitui crime inafiançável sujeito a pena de reclusão nos termos da lei. ( Constituição Federal da Republica Artigo 5º )
3- Serão punidos, na forma desta lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião e etc.
De acordo com a Lei uma pessoa pratica racismo quando:
1- Não dá emprego para uma pessoa por causa da sua cor;
2- Pratica, induz ou incentiva, pelos meios de comunicação, a discriminação ou o preconceito de raça, cor, religião, nacionalidade e etnia.
3- Recusa ou impede freqüência de alunos negros nas escolas, universidades, etc.
4- Impede ou dificulta o casamento ou a convivência familiar ou social;
5- Impede ou recusa a entrada( por preconceito) em restaurantes, hotéis, clubes, casa de diversões, salões de beleza bem como as entradas sociais de edifícios, elevadores e transportes públicos.
O que fazer em caso de discriminação racial:
1- Obter o nome e endereço de testemunhas que tenham presenciado o fato.
2- Acionar a policia e fazer uma ocorrência policial.
3- Procurar entidades que possam dar apoio às vitimas.