Este blog tem como objetivo contribuir, informar, trocar experiências de temas relacionados à comunidade negra, e principalmente na desconstrução do Racismo que a mais de 500 anos impede nossa sociedade de sair do Estado Brasil Colonia. AXÉ
terça-feira, 13 de janeiro de 2015
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
África
Esta canção foi originalmente composta como um hino religioso por Enoch Sontonga, professor da missão metodista em Johannesburg, de etnia xhosa, em 1897. Em 1927 versos foram adicionados por Samuel E. Mqhayi, de etnia sesoto. Vista como um hino da luta contra o regime de segregação racial (apartheid), chegou a ser proibido sua execução pública por "exacerbar o nacionalismo bantu", indo contra a política oficial de desunir as tribos para dominá-las. Propositadamente cantada de modo tradicional e nas três línguas mais faladas pelos sul-africanos negros, se tornou a música símbolo da luta contra o racismo africano. É hoje parte do hino nacional da África do Sul e desde 1925 é hino do Congresso Nacional Africano.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Jornalista de Campinas faz campanha para Libéria
Depois de viagem ao país, Vinicius Zanotti fez um documentário e arrecada fundos para escola
Um orgulho, não só para elas, mas para todos que buscam, de alguma forma, mudar as condições, muitas vezes impostas, de países que vivem em extrema miséria. Uma dessas pessoas é o jornalista campineiro Vinícius Zanotti, de 26 anos. O jovem lançou, no mês passado, uma campanha para angariar fundos para construir uma escola de alvenaria justamente no país de Ellen.
A Libéria, localizada a Oeste da África, realmente é um lugar que precisa de ajuda há tempos. Devastado por uma guerra civil que durou 15 anos e encerrou-se em 2003, o país não possui rede pública de energia elétrica, saneamento básico, ruas asfaltadas, transporte público e tantos outros benefícios tão necessários.
Uma realidade vista, vivida e registrada por Zanotti no documentário Escola de Bambu, selecionado para a Edição do Curta Neblina — Festival Latino-Americano de Cinema, que vai até hoje, em São Paulo.
Durante uma viagem pelos continentes europeu e africano em 2010, o jornalista teve a ideia de passar 15 dias na Libéria. A ideia, até então, era apenas conhecer o país. O problema foi que, exatamente no 15° dia, Zanotti contraiu malária.
“Tive que ficar mais um tempo para me tratar e acabei ficando dois meses. De certa forma isso foi bom, porque tive a oportunidade de conhecer Sabato Neufville, o principal organizador do United Youth Movement Against Violence, movimento cuja finalidade é educar adolescentes liberianos e evitar que virem estatística nos elevados índices de violência infantil que ainda atormentam o país.”
Sabato tem salário de US$ 800 mensais para trabalhar na missão que a Organização das Nações Unidas (ONU) mantém na Libéria. Zanotti explica que, com esse dinheiro, além de alimentar e educar nove crianças adotadas, órfãs de guerra, ele financia atividades de teatro, dança e música.
Além disso, Sabato construiu uma escola para que 250 crianças da periferia de Monróvia, a capital, pudessem ser educadas na comunidade de Fendell.
O salário que Sabato consegue repassar aos professores é de apenas US$ 10, quando o mínimo na Libéria é de US$ 60 mensais. Mesmo assim, Zanotti disse que os professores não pensam em procurar outro trabalho.
“Eles sabem que, se abandonarem a comunidade de Fendell, dificilmente aquelas crianças terão outra oportunidade para estudar.” Além disso, para os professores, a falta de estudo pode transformar os jovens em presas fáceis de serem levadas ao campo de batalha em um eventual novo conflito.
Gravações
“A unidade foi construída com bambus enfileirados. Fiquei encantado com o trabalho e por isso decidi fazer o documentário Escola de Bambu. Foram 15 dias gravando. Depois que voltei para o Brasil, fiz diversas parcerias para finalizar o trabalho e dar início a esta campanha. Queremos construir uma escola de alvenaria em substituição à de bambu. O amigo e arquiteto André Dalbó fez o projeto da nova escola, com banheiros, energia solar e saneamento básico, e agora estamos em fase de captação de recursos”, contou o jornalista.
Um dos momentos mais marcantes da viagem do jornalista, e que despertou a vontade de querer ajudar a comunidade, foi quando um garoto de 22 anos perguntou para ele quantas horas por dia o Brasil tinha energia elétrica.
“Isso mostra o nível da falta de conhecimento daquelas pessoas. As crianças nunca viram uma televisão na vida, não conhecem o resto do planeta. Tem muita coisa errada neste mundo sem compaixão, mas não é por isso que deixaremos de lutar para torná-lo um pouco menos desumano.”
Mais informações podem ser obtidas pelo: www.escoladebambu.com
União
Vinícius Zanotti reuniu mais de 20 profissionais brasileiros, todos atuando como voluntários, para tentar levar um pouco de esperança e desenvolvimento à comunidade de Fendell.
“Eles são um povo acolhedor, sorridente e pacífico. O que estamos fazendo é o mínimo que a vida e que aquelas crianças podem esperar de nós.” O jornalista busca parcerias com empresas ou instituições que se disponham a patrocinar o projeto, cujo o valor total é de R$ 337.119,55. Para ajudar a cobrir o orçamento, o grupo está vendendo DVDs, camisetas e canetas alusivos ao documentário Escola de Bambu.
“Seja comprando um dos produtos ou indicando pessoas que possam ter interesse em nos ajudar nesta empreitada, todos podem ajudar”, lembrou.
O projeto arquitetônico desenvolvido para a escola parte da ideia de utilizar o bambu como elemento estrutural, mantendo-se a identidade da iniciativa e, principalmente, porque esse material é utilizado também no cotidiano dos liberianos como elemento de construção.
Os pilares e vigas de bambu, que sustentarão a cobertura, foram planejados de maneira independente do restante da vedação, devendo ser pré-montados no Brasil e, posteriormente, enviados e montados na Libéria.
Com a cobertura pronta, o restante da obra — piso e vedações — terá início. “O desenho considera a ausência de distribuição de energia elétrica, água e saneamento básico no local, propondo como alternativa o uso de energia solar, a captação de água da chuva e a adoção de fossa biodigestora ou industrializada”, explicou Zanotti.
Outro obstáculo ao qual o projeto se antecipa é a dificuldade para compra de alguns materiais de construção no país, e por isso prevê o envio de parte deles do Brasil. A reposição de materiais escolares ficará por conta de uma parceria já com a gráfica Silvamarts, que fará doações anuais de pelo menos mil cadernos, mil canetas, mil uniformes e mil livros didáticos.
Fonte
Documentário aborda violência urbana a partir do caso Joel
A obra é um documentário que fala de sonhos interrompidos, mas que acima de tudo fala da realidade da vida. Ao longo de algum tempo estamos ouvindo governantes, secretários, policiais, doutores, vizinhos, jornalistas, lideres comunitários, a família do Joel, entre outros. Cansados, felizes e perto da conclusão desse trabalho. Não programamos ainda a estréia pois ainda estamos em produção, mas assim que tivermos as datas manterei vocês informados e devidamente convidados. Estou enviando em primeira mão um cartaz do filme (anexo), bem como o trailer. A versão final terá legendas em inglês, espanhol e italiano.
Caminhem sempre.
Abraços,
Fazer Valer a Lei 11.645/08 http://revistaafricas.com.br/archives/30752
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Os escravocratas contra Lula
http://correiodobrasil.com.br/os-escravocratas-contra-lula/303779/
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Nota de Falecimento
É com grande tristeza que recebemos a notícia do falecimento da atriz, artista plástica, cantora, membro do movimento negro,escritora e poeta Zenaide Zen, no último sábado, em consequência de um AVC.
Zenaide foi uma grande colaboradora e deu suor e sangue na luta pelos direitos civis das populações de matrizes africanas e na inserção do artista negro nos meios de comunicação. Uma perda gigantesca para o Brasil e para as próxima gerações que não conheceram a articulação dessa grande ativista.
Saravá e Axé Zenaide Zen.
http://www.youtube.com/watch?v=kGtLOPKxy1o&feature=related
“Ver a atuação de uma artista tão completa como ZENAIDE nos dá orgulho e prazer de sermos humanos. Ela sensibiliza a todos mostrando, com sua Arte, que a tolerância e a convivência entre as raças representam o único caminho para o mundo se tornar mais humano e pacífico. Ao mesmo tempo, ZENAIDE expressa toda a força da cultura negra, encarnando, com muita criatividade e convicção, uma das maiores homenagens àquele que deu sua vida em prol da liberdade, da democracia e da tolerância racial: ZUMBI DOS PALMARES.” Benedita da Silva, Governadora do Rio de Janeiro (2002), Ministra da Assistência e Promoção Social (2003)
“ZENAIDE sempre me chamou a atenção por sua bela figura e sua inconfundível atuação. Aliando uma técnica invejável a um aprofundamento cada vez maior nas suas pesquisas, está, hoje, sem a menor dúvida, entre os melhores performers da cena brasileira.” Sérgio Mamberti, ator, diretor, Presidente da FUNARTE (Fundação Nacional das Artes), Diretor da Secretaria de Políticas Culturais, do Ministério da Cultura
domingo, 4 de setembro de 2011
Mulheres Negras lançam Programa TV WEB
A Estimativa investe em mais uma iniciativa, o Programa Reconhecer que inclui temas que abordam sobre as especificidades da população afrobrasileira no contexto social.
Entendendo que a atual imprensa não atende as necessidades da população negra, principalmente da mulher negra, um grupo de jovens se une para colocar em prática o
sonho de muitas pessoas, que durante anos, lutam para uma mídia mais pluralista e inclusiva no Brasil.
Assista o Programa REconhecer – Saúde e Hipertensão
Apresentação Neide Diniz e Vanda Ferreira
Entrevista com Dra. Jurema Werneck
Clique no Titulo para assistir o programa
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Homens brancos são maioria dos transplantados. Negros e mulheres têm menos acesso a cirurgias, segundo Ipea
08/07/2011 - 14h37
Saúde
Gilberto Costa
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Estudo inédito do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os efeitos das desigualdades sociais brasileiras se estendem às cirurgias de transplantes de órgãos como coração, fígado, rim, pâncreas e pulmão. A maioria dos transplantados são homens da cor branca.
De acordo com o estudo, de quatro receptores de coração, três são homens; e 56% dos transplantados tem a cor de pele branca. No transplante de fígado; 63% dos receptores são homens e 37% mulheres. De cada dez transplantes de fígado, oito são para pessoas brancas.
Segundo a análise do Ipea, homens e mulheres são igualmente atendidos nos transplantes de pâncreas; mas 93% dos atendidos são brancos. A maioria absoluta de receptores de pulmão também são homens (65%) e pessoas brancas (77%). O mesmo fenômeno ocorre com o transplante de rim: 61% dos receptores são homens; 69% das pessoas atendidas têm pele clara.
“Verificamos que o conjunto de desigualdades brasileiras acaba chegando no último estágio de medicina”, aponta o economista Alexandre Marinho, da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, um dos autores da pesquisa. Ele e outras duas pesquisadoras analisaram dados de 1995 a 2004, fornecidos pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).
O economista não estudou as causas do fenômeno, mas disse à Agência Brasil que a preparação para o transplante pode explicar as razões da desigualdade. Para fazer a cirurgia de transplante, o receptor deve estar apto: eventualmente mudar a alimentação, tomar medicamentos e fazer exames clínicos – procedimentos de atenção básica.
Segundo Marinho, quem depende exclusivamente do Sistema Único de Saúde (SUS) - cerca de três quatros da população brasileira - sai em desvantagem, porque tem dificuldade para receber remédios, fazer consultas e exames clínicos. “A situação onera quem tem menos condições de buscar alternativas.”
“O sistema é desigual na ponta [cirurgia de alta complexidade] porque é desigual na entrada”, assinala o economista, ao dizer que quando o SUS tem excelência no atendimento o acesso não é para todos: “Na hora que funciona, quem se apropria são as pessoas mais bem posicionadas socialmente”.
Conforme Marinho, os planos de saúde são resistentes a autorizar procedimentos de alta complexidade, como as cirurgias de transplantes, por causa dos custos. “Os hospitais privados preferem atender por meio do SUS porque sabe que paga”.
O estudo sobre a desigualdade de transplantes de órgãos está disponível no site do Ipea. Segundo Marinho, o documento foi postado ontem (7) e ainda não é do conhecimento do Ministério da Saúde.
De acordo com os dados do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), há 1.376 equipes médicas autorizadas a realizar transplantes em 25 estados brasileiros (548 hospitais).
Edição: João Carlos Rodrigues
Agência Brasil - EBC
domingo, 3 de julho de 2011
Projeto Recado aos Nossos Ancestrais vira livro na Penha
No dia 17 de junho, a instituição cultural Movimento Cultural Penha lançou o livro Recados – Memórias das Relações entre a Comunidade e Patrimônio. Este livro é o resultado de anos de trabalho dedicado a contribuir na divulgação da importância histórica, de um dos patrimônios remanescentes do Brasil Colônia: a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em parcerias com escolas e grupos artísticos da nossa região. Participaram do livro os professores Edson Azevedo Barbosa e Carlos José Ferreira; e o poeta e jornalista Osvaldo de Camargo, além da gestora do projeto e historiadora Patrícia Freire Almeida e do articulador cultural Julio Cesar J. Marcelino.
A realização do livro só foi possível graças à emenda parlamentar do Deputado Estadual Simão Pedro e da Secretaria Estadual de Cultura que aprovou o projeto do livro.
A noite de lançamento teve apresentação do cantor e compositor Marcos Munrimabru, do percussionista Valter Passarinho, do grupo Brasas do Nordeste e do artista popular e bonequeiro J. E. Tico.
A escolha do lançamento no mês de junho não foi à toa, pois neste mês se comemora os 209 anos da construção da Igreja, além de se comemorar os dez anos dos Festejos que o bairro organiza, e os dez anos do MCP como instituição.
O livro será distribuído gratuitamente para instituições que desenvolvem trabalho na área da cultura, educação e temática afro. As instituições que tiverem interesse é só entrar em contato com o Movimento Cultural Penha, pelo e-mail: movimentoculturalpenha@gmail.com.